Você sabe o que é e qual a finalidade da logística reversa?
A logística reversa está prevista na Constituição pela Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo ela, todos os envolvidos na geração de resíduos sólidos possuem responsabilidade ambiental de dar o destino correto a eles pós-consumo.
Ou seja, todos os agentes – fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes – devem adotar estratégias para reciclagem, reutilização ou quando não for possível, dar o destino correto aos rejeitos. Portanto, a partir do momento que uma empresa gera resíduos que impactam o meio ambiente, é também sua responsabilidade prevenir e/ou reparar danos.
Mas, onde entra a logística reversa?
A logística reversa é um método que consta na Lei citada anteriormente, mais precisamente no artigo 3, parágrafo 12, da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010: a logística reversa consiste em um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Portanto, enquanto a logística comum se encarrega somente da cadeia de produção e entrega de produtos, a logística reversa além dessas atividades base, também desenvolve estratégias para recolher os resíduos dos produtos, por exemplo pilhas descarregadas, pneus furados, embalagens vazias, dentre outros.
Seus objetivos são obter materiais que possam ser reaproveitados, dar o descarte correto, preservar o meio ambiente, aplicar sustentabilidade econômica e ambiental na empresa, incentivar a adoção de práticas sustentáveis pelos usuários finais, contribuir com a economia alternativa gerando novos produtos a partir dos resíduos, além de promover o desenvolvimento econômico e social da sociedade.
Como funciona?
O próprio nome “reverso” já indica que é uma operação logística ao contrário, ou seja, ao invés de entregar, os objetos são recolhidos. Entretanto, há diferentes maneiras de se fazer isso, as mais utilizadas são:
Recolhimento direto: Os resíduos são retirados diretamente no endereço do cliente, seja no momento da entrega de uma nova compra ou em uma operação a parte destinada a isso – que são menos comuns por sinal;
Pontos de recolhimento: Você com certeza já viu pontos de descarte para pilhas velhas, não é mesmo?
Pois bem, algumas empresas criam esse mesmo ponto para diferentes produtos, que ficam normalmente sob responsabilidade de alguém que os comercializa, e a cada período, a empresa fabricante retira os materiais e destina ao descarte correto.
Em ambas as operações, a colaboração e conscientização dos consumidores é essencial.
Então a logística reversa é a mesma que a logística verde?
Apesar de serem parecidas, elas não são iguais. A logística reversa mesmo que impacte o meio ambiente, não tem isso como prioridade, já na logística verde, os processos são completamente focados em reduzir danos ambientais.
Para exemplificar, as atitudes que estão normalmente presentes nos dois tipos de logística são: Reciclagem, remanufatura e utilização de embalagens reutilizáveis.
Entretanto, as outras atividades realizadas são completamente distintas, veja:
Logística reversa: Devolução de produtos e recolhimento de resíduos.
Logística verde: Otimização de processos de modo a reduzir impactos ambientais e redução de embalagens.
Você já conhecia a logística reversa?
Nos conte o que você acha sobre esse tipo de operação, queremos saber a sua opinião.
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